sexta-feira, 15 de março de 2013

O CORAÇÃO TEM RAZÕES


Uma verdadeira e comovente história acontecida com Antoine de Saint Exupéry. 

Você se lembra do tocante livro “O Pequeno Príncipe”? Bom, existe uma história mais tocante ainda que aconteceu de fato com o autor do livro, o escritor francês Antoine de Saint Exupéry.
Poucas pessoas sabem que ele lutou na Guerra Civil Espanhola e ao ser capturado pelo inimigo, foi levado ao cárcere para possivelmente ser executado. Na cela, nervoso, ele procurou em seu bolso um cigarro e achou um, mas suas mãos estavam tremendo tanto que ele não podia nem mesmo leva-lo à boca. Procurou fósforos, mas não tinha, pois os soldados haviam tirado quase tudo de sua bolsa.
Ele olhou então para o carcereiro e disse: “Por favor, usted tiene fósforo?”. O carcereiro olhou para ele, disse que sim e chegou perto para acender seu cigarro. Naquela fração de segundo, seus olhos se encontraram e Saint Exupéry sorriu. (Posteriormente, ao contar o fato, ele disse que não sabia por que sorriu, mas pode ser que quando se chega perto de outro ser humano seja difícil não sorrir). Naquele instante, junto com a chama do fósforo algo aconteceu também no espaço, agora entre o coração dos dois homens e gerou um sorriso no rosto do carcereiro também. Ele acendeu o cigarro de Exupéry e ficou perto, olhando diretamente em seus olhos, e continuou sorrindo. Exupéry também continuou sorrindo para ele, vendo-o agora como uma pessoa e não como carcereiro.
Parece que o carcereiro também começou a olhar Exupéry como pessoa, porque lhe perguntou: “Você tem filhos?” “Sim”, Exupéry respondeu, e tirou da bolsa uma foto já amassada de seus filhos. O carcereiro mostrou fotos de seus filhos também e contou todos os seus planos e esperanças para o futuro deles. Os olhos de Exupéry se encheram de lágrimas quando disse que não tinha mais planos, porque ele jamais os veria de novo. Os olhos do carcereiro se encheram de lágrimas também. De repente, sem nenhuma palavra, ele abriu a cela e guiou Exupéry para fora do cárcere e o libertou, indicando um caminho, através das sinuosas ruas, para fora de cidade. Sem nenhuma palavra, o carcereiro deu meia-volta e retomou por onde veio. Exupéry fugiu e conseguiu salvar sua vida. Contando, disse: “Minha vida foi salva por um sorriso do coração”.
O que foi aquela “chama” que emergiu entre o coração desses dois homens? Isso, sob outra denominação, tem sido tema de intensa pesquisa atualmente, na medida em que a ciência está se dando conta de que o coração não é meramente uma bomba mecânica, mas um sofisticado sistema para receber e processar informações. De fato, o coração envia mais mensagens ao cérebro que o cérebro envia ao coração! Como disse o filósofo francês Blaise Pascal: “O coração tem razões que a própria razão desconhece”.
Estados emocionais negativos geram ondas eletromagnéticas totalmente caóticas do coração, como se estivéssemos pisando no acelerador e no freio simultaneamente. Esse estado de batimentos desordenados é chamado de “incoerência cardíaca” e está ligado a doenças coronárias e várias outras patologias. Em estados de amor, alegria ou gratidão nosso batimento cardíaco torna-se calmo, mas “aceso” “coerente”. Isso diminui secreção dos hormônios do estresse, reduz a depressão, hipertensão e insônia, melhora o sistema imune e aumenta a clareza mental. Essa é uma das razões pelas quais tem sido provado que as emoções positivas estão associadas à boa saúde física e mental, e também a longevidade. Essa irradiação coerente do coração, essa “chama de genuína afeição” pode afetar pessoas à distância! 

Logo, na próxima vez em que estiver numa situação difícil, respire profundamente, lembre-se de Exupéry e do ”Pequeno Príncipe” e irradie a energia de seu coração. Quando
começar a sentir que está fechando seu campo, procure um contato favorável e verdadeiro com quem estiver ao seu redor (mesmo que seja um carcereiro). 

Isso pode mudar uma situação, como pode salvar uma vida. 

Como disse o Pequeno Príncipe: “somente com o coração podemos ver com clareza”. 

Texto retirado do jornal “BEM ESTAR”. Novembro/12. 

Dica de leitura da
 Professora Alice

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