segunda-feira, 15 de abril de 2013

DICA DE HISTÓRIA



A crise do sistema colonial

O sistema colonial entrou num período de crise a partir do final do século XVII, quando afloraram os primeiros protestos contra o pacto colonial e a opressão portuguesa. Essa crise tornou-se mais evidente no final do século XVIII, não somente porque na Colônia a ideia de liberdade estava florescendo, mas também porque a metrópole passava por uma conjuntura de crise econômica. Somado a isso, havia fatores externos como o desenvolvimento da Revolução Industrial na Inglaterra e a disseminação do Iluminismo (filosofia liberal) em alguns países europeus. A Revolução Industrial inglesa liquidou com o mercantilismo, a Revolução Francesa iniciou a derrubada do absolutismo e a Independência dos EUA, mostrando a oposição de interesses entre colônia e metrópole, deu início à crise no Antigo Regime, e à crise do sistema colonial, ao qual dele dependia.



Movimentos Nativistas -> Foram movimentos de caráter regional, onde uma classe lutava em torno de interesses particulares e não com objetivos de tornar o Brasil independente. Contribuíram para gerar uma insatisfação ainda maior com relação à exploração portuguesa. Foram eles:

· Revolta de Beckman – Maranhão, 1684.

· Guerra dos Emboabas – Minas Gerais, 1708.

· Guerra dos Mascates – Pernambuco, 1710.

· Revolta de Vila Rica – Minas Gerais, 1720.



Movimentos emancipacionistas -> No final do século XVIII, com grande influência dos ideais Iluministas, da independência dos EUA e com o aumento do rigor imposto pela política absolutista portuguesa, ocorreram dois movimentos mais significativos de luta pela independência do Brasil:

· Inconfidência Mineira – Minas Gerais, 1789 -> movimento comandado pela elite mineira; estopim: derrama. Além de lutarem pelo fim do pacto colonial, os insurretos defendiam a criação de um governo republicano e o estabelecimento de uma Carta Constitucional (aos moldes da que fora criada nos Estados Unidos).

· Conjuração Baiana ou Revolta dos Alfaiates – Bahia, 1798 -> Movimento de caráter popular pela ampla participação de pardos, mestiços, alfaiates, soldados, sapateiros, ex-escravos e brancos pobres. Desejavam romper com a dominação portuguesa e proclamar uma República democrática; abolir a escravidão do negro; aumentar a remuneração dos soldados; abrir os portos brasileiros aos navios de todas as nações; e melhorar as condições gerais de vida do povo.



A família real portuguesa no Brasil

A história de nossa independência política começa, efetivamente, com a transferência da corte portuguesa para o Brasil. Tal transferência, por sua vez, está ligada às chamadas guerras napoleônicas e com o Bloqueio Continental. O desembarque dos governantes portugueses no Rio de Janeiro, em 1808, transformava, na prática, a capital da Colônia em nova capital do Império Português.



O governo de D. João VI

· Política interna: permitiu a instalação de fábricas no Brasil; fundação do banco do Brasil e da Casa da Moeda; abertura dos portos brasileiros às nações amigas – fim do pacto colonial; fundação das primeiras faculdades brasileiras; elevação do Brasil à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves, dando-nos autonomia administrativa.

· Política externa: firmação de tratados de aliança, amizade, comércio e navegação com a Inglaterra (início do imperialismo inglês no Brasil); anexação de territórios da Guiana Francesa e do Uruguai (com o nome de Província Cisplatina) ao Brasil.

· Revolução Pernambucana (1817) -> movimento revolucionário contra o aumento dos impostos que serviam para sustentar o luxo da enorme corte de D. João VI.

· O retorno de D. João VI para Portugal -> causa: Revolução Liberal e Constitucionalista do Porto (1820), de caráter burguês. Os representantes da burguesia portuguesa mostraram quais eram seus verdadeiros planos para o Brasil – a recolonização do Brasil. Além disso, exigiam que a Família Real regressasse a Portugal, reconquistando para a burguesia metropolitana seus antigos privilégios comerciais. Em 1821, D. João retornou para Portugal, deixando no Brasil seu filho D. Pedro, como Príncipe Regente.



O processo de independência do Brasil

A independência do Brasil foi um processo inteiramente comandado pelas classes dominantes. Por isso, em nada modificou as duras condições de vida da maioria dos brasileiros. O processo:

· 09/01/1822 -> Dia do Fico, quando D. Pedro recebe o apoio da elite colonial brasileira e da maçonaria.

· Maio de 1822 -> decreto do CUMPRA-SE (nenhuma ordem vinda de Portugal seria obedecida sem o aval do príncipe regente D. Pedro).

· Junho de 1822 -> D. Pedro convoca uma Assembleia Constituinte (grupo conservador liderado por José Bonifácio e grupo liberal liderado por Gonçalves Ledo).

· 07/09/1822 -> INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

Professora Betania

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